Na ocasião, Pacheco não tinha lido o pedido de abertura do colegiado, o que motivou a ação no STF. Agora, o presidente do Senado se compromete a fazer a leitura, o que, segundo ele, estará cumprindo suas funções no cargo.
No entanto, o senador pondera que, como a maioria dos líderes na Casa avaliou que não é o momento de instalar a CPI por conta da eleição, o colegiado deve ser reaberto apenas após o pleito. Oposição já informou que vai recorrer ao STF para CPI do MEC começar antes das eleições.
“Na CPI da Covid, o fato da presidência do Senado não ler o requerimento se dava em razão do momento excepcional da paralisação inclusive do funcionamento do Senado. E morriam aquela altura no Brasil mais de 4 mil irmãos brasileiros, e entendemos que não era o momento de fazer a leitura da CPI. O Supremo entendeu de modo diverso e instou o Senado a fazer a leitura do requerimento e instalar a CPI. Nesse momento, não temos situação de excepcionalidade e o requerimento será lido. Mas há um acordo de maioria de líderes que a indicação dos membros ocorrerá no momento oportuno”, disse Pacheco.
O senador afirmou que deve fazer a leitura na sessão do Senado de quarta-feira. Esse é o primeiro passo para dar início à comissão que pretende investigar suspeitas de corrupção no Ministério da Educação, sob a gestão de Milton Ribeiro.
Além da CPI do MEC, há outros quatro colegiados que aguardam para ser instalados: uma sobre obras do MEC de gestões passadas paradas, de autoria do líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ); outra sobre a atuação do narcotráfico no Norte e Nordeste do país; uma terceira sobre a atuação de ONGs na Amazônia, e uma quarta sobre o aumento de queimadas e desmatamentos. Sobre essas duas últimas, que já foram lidas no plenário, há a possibilidade de serem unificadas.
Para que a CPI seja aberta e seus trabalhos se iniciem é preciso que os representantes dos partidos na Casa do Senado indiquem os parlamentares para o colegiado. Sem isso, as comissões não podem começar. De acordo com Pacheco, os líderes concordaram fazer as indicações só após as eleições, para que o pleito não comprometa as investigações.
“As CPIs serão instaladas no momento oportuno pelo Senado Federal. No entanto, os líderes, em maciça maioria, entendem que as indicações dos membros e a consequente instalação das comissões parlamentares de inquérito deve acontecer após as eleições”, disse Pacheco, que completou: “Precisa ser uma investigação minimamente isenta e imparcial num momento de mais regularidade, de mais normalidade do funcionamento parlamentar, que não é o caso de um período eleitoral”.
Caso as indicações sejam feitas só após as eleições, como defendem os líderes partidários, a CPI teria pouco tempo de funcionamento. Isso porque, segundo diz o regimento interno do Senado, uma comissão parlamentar de inquérito não pode continuar após o fim da legislatura em que foi instalada. Isto é, só poderia funcionar até 1º de fevereiro de 2023.
O adiamento da CPI é defendido pela base governista no Senado e é visto como forma de fazer com que a CPI não aconteça. Como a CPI do MEC tem prazo estabelecido de 90 dias úteis, se ela for instalada após o segundo turno votação, no final de outubro e início de novembro, ela não completaria todo o período previsto. E mesmo se começar após o primeiro turno, no início de outubro, também não chegaria aos 90 dias úteis.
Molon gravou um vídeo nas redes sociais e agradeceu o apoio dos eleitores. Agora ele lançou uma segunda meta, que é alcançar R$ 250 mil. Até o momento, o parlamentar conquistou 42% do seu objetivo.
“A nossa candidatura é a única que tem condições reais de derrotar o candidato do bolsonarismo, que é Romário. Para isso a gente vai precisar de mais recursos, para fazer bom material de campanha e organizar nosso comitê”, comentou.
Confira o vídeo:
Ótima notícia: batemos a 1ª meta da nossa vaquinha virtual! Muito obrigado a tod@s que nos apoiaram! A campanha já vai começar, e a luta contra o bolsonarismo será dura. Por isso, vamos continuar precisando da sua colaboração. Acesse https://t.co/Yrhk3BYoVl e junte-se a nós! pic.twitter.com/7IXCkLM9oE
Molon está em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para o Senado no Rio de Janeiro. Foi por esse motivo que ele desafiou o PSB e manteve sua candidatura ao cargo, prejudicando o acordo entre o partido com o PT.
A sigla comandada por Carlos Siqueira garantiu que abriria mão da corrida eleitoral pelo Senado para apoiar André Ceciliano (PT), enquanto a agremiação de Gleisi Hoffmann não lançaria um nome ao governo do Rio para estar ao lado de Marcelo Freixo (PSB).