O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que recriará todos os ministérios que teve no passado em um eventual novo mandato. A declaração foi realizada durante entrevista ao UOL nesta quarta-feira.
Lula também defende a criação de um Ministério das Causas Indígenas, que, segundo ele, será comandado por um indígena. O petista afirmou que pretende recriar também o Ministério do Planejamento, fundido à pasta da Economia sob a gestão Bolsonaro.
“Os ministérios que eu tinha vou recriá-los: Ministério da Igualdade Racial, Direitos Humanos, Pesca. Vou criar o Ministério das Causas Indígenas, e terá que ter um índio no ministério. Não precisa ser um branco de terno e gravata”, declarou Lula.
O petista sinalizou que deve nomear um ministro político no Ministério da Fazenda, diferente do perfil do atual ministro, Paulo Guedes. Com isso, deve repetir o que houve em seu primeiro governo, quando Antônio Palocci assumiu a pasta.
“O que eu não quero é fazer um governo só de técnicos. Porque se técnico resolvesse o problema, eu iria na USP, pegaria todos os técnicos e colocaria no governo. Quem tem que dirigir é a política”, declarou.
O ex-presidente voltou à carga contra a atual política de preços da Petrobras — hoje baseada na política de paridade internacional (PPI) — e prometeu reverter as alterações feitas durante o governo de Michel Temer (MDB).
“Eu pretendo fazer com que o preço da Petrobras seja em função dos preços nacionais. Essa história de PPI é para agradar os acionistas em detrimento de 200 milhões de brasileiros.”
Lula elogiou o manifesto em defesa da democracia realizado por juristas, gestores de empresas, artistas, advogados e entidades da sociedade civil. Disse que os intelectuais e empresários “resolveram se mexer”.
Declarou que irá apoiar “qualquer coisa envolvendo democracia”. Banqueiros como Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles e Candido Bracher (os dois primeiros são copresidentes do Itaú Unibanco, e o terceiro, ex-presidente do banco), além do ex-presidente do Credit Suisse no Brasil José Olympio Pereira estão entre os que assinaram o texto.
O ex-presidente saiu contra a privatização dos bancos estatais, dizendo que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil “salvaram a economia brasileira”.
Repetindo o que vem dizendo sobre o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sob seu eventual novo governo, Lula defendeu uma mudança de direção na instituição e a função do Estado em momentos de crise. Para ele, “quando a coisa está boa, todo mundo fala em mercado”, mas “quem salvou o Lehmann Brother foi o Estado”.
“Quando os bancos privados não querem emprestar dinheiro, o BNDES está aí para emprestar, e inclusive baixar a taxa de juros. Hoje quero mudar o perfil do BNDES, quero fazer com que ele seja um emprestador de dinheiro para pequenos e médios empreendedores.”
Lula lidera na corrida presidencial das eleições de 2022. A última pesquisa eleitoral do Datafolha, divulgada no final de junho, mostrou o petista com 47% das intenções de voto, contra 28% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PT oficializou na semana passada a chapa formada por Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para o pleito de outubro.
Molon gravou um vídeo nas redes sociais e agradeceu o apoio dos eleitores. Agora ele lançou uma segunda meta, que é alcançar R$ 250 mil. Até o momento, o parlamentar conquistou 42% do seu objetivo.
“A nossa candidatura é a única que tem condições reais de derrotar o candidato do bolsonarismo, que é Romário. Para isso a gente vai precisar de mais recursos, para fazer bom material de campanha e organizar nosso comitê”, comentou.
Confira o vídeo:
Ótima notícia: batemos a 1ª meta da nossa vaquinha virtual! Muito obrigado a tod@s que nos apoiaram! A campanha já vai começar, e a luta contra o bolsonarismo será dura. Por isso, vamos continuar precisando da sua colaboração. Acesse https://t.co/Yrhk3BYoVl e junte-se a nós! pic.twitter.com/7IXCkLM9oE
Molon está em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para o Senado no Rio de Janeiro. Foi por esse motivo que ele desafiou o PSB e manteve sua candidatura ao cargo, prejudicando o acordo entre o partido com o PT.
A sigla comandada por Carlos Siqueira garantiu que abriria mão da corrida eleitoral pelo Senado para apoiar André Ceciliano (PT), enquanto a agremiação de Gleisi Hoffmann não lançaria um nome ao governo do Rio para estar ao lado de Marcelo Freixo (PSB).