Maria Vieira detona Globo após ficar de fora da novela
A atriz portuguesa Maria Vieira publicou um texto nas redes sociais afirmando que foi chamada para integrar o elenco de Travessia, novela de Gloria Perez que substituirá Pantanal, na Globo. Mas, segundo ela, foi barrada por ser conservadora, apoiar o atual presidente do Brasil e ser antivacina.
“Não sei quem, na Globo, decidiu impedir a minha contratação. Mas o que eu sei é que desta vez alguém trabalhou nos bastidores para me impedir de integrar o elenco e depois de eu ter sido instruída para iniciar o processo de contratação é legítimo depreender que o facto de eu ser uma actriz conservadora e de Direita e de ser apoiante do presidente Jair Bolsonaro e Deputada Municipal do CHEGA terá sido o único motivo pelo qual eu fui afastada do elenco”, publicou no Facebook.
O convite para participar da novela teria sido feito pelo próprio diretor Mauro Mendonça Filho, pois a novela será ambientada em Portugal e precisavam de uma atriz portuguesa para integrar o elenco.
“Terá (ou teria) a participação de uma actriz portuguesa que no caso seria eu, por indicação do próprio director, realizador da primeira novela que eu fiz na Globo em 2008/09, Negócio da China”, afirmou.
“É claro que eu aceitei de imediato. Ficou acordado com a produtora brasileira que eu iria dar início ao processo para a obtenção do meu visto de trabalho no consulado brasileiro em Lisboa e passados 2 dias fui contactada pela directora da produtora portuguesa, que vai colaborar com a Globo durante as gravações, e que também me confirmou o interesse da emissora na minha contratação” completou.
Mauro Mendonça Filho também teria sido o responsável em dar a notícia em que ela não estaria mais na novela: “Entretanto, os dias passaram e voltei a contactar a produtora da Globo para obter alguns esclarecimentos, mas como notei alguma displicência da parte da mesma resolvi entrar em contacto com o Mauro Mendonça Filho para saber em que ponto estavam as coisas”.
“E qual não é o meu espanto quando o Mauro me informa que de facto eu fui a sua primeira escolha para o personagem mas que entretanto teria sido feita outra opção que também depende da decisão da empresa e que lamentava ter que ser ele a dar-me essa notícia e que me admirava muito”, revelou.
Maria ainda criticou a postura da emissora em relação a sua amiga, a atriz Elizângela, que chegou a ficar internada na UTI por complicações da Covid-19, e teria sido obrigada a tomar a vacina contra o vírus.
“Foi escolhida pela própria Gloria Perez para fazer parte do elenco da mesma novela, terá sido coagida a tomar a injeção contra a ‘covidagem’ para poder integrar o elenco da mesma e tendo em conta que este tipo de decisões e ações ditatoriais são lamentáveis e absolutamente vergonhosas”, escreveu.
“Não hesitei em trazer a público este caso porque é fundamental que o público saiba o que se está a passar no mundo artístico (quer em Portugal, quer no Brasil) e que tome conhecimento das injustiças que estão sendo cometidas em nome do socialismo, do globalismo e do politicamente-correcto”, criticou.
A atriz encerrou o texto em seu Facebook afirmando que guardou os registros de todos os contatos que foram feitos entre ela e os envolvidos: “Para que ninguém (inclusive os ‘media’ que passam o tempo a perseguir-me e a ostracizar-me) possa dizer mais tarde que eu inventei este lamentável episódio”.
Flávia Alessandra e Otaviano Costa se tornaram sócios da rede Royal Faces
Antes da Globo iniciar o maior processo de demissão de artistas de sua história, Otaviano Costa se antecipou e pediu desligamento da líder de audiência em 2019. Na época, seus amigos de emissora o chamaram de louco. Hoje, desempregados, boa parte passou a procurá-lo para pedir conselhos e até mesmo direcionamento de carreira.
“Eu recebi alguns telefonemas de amigos queridos perguntando: ‘Você está bem? Me conta aí, o que está acontecendo?’. E é engraçado que hoje esses mesmos amigos falam assim: ‘Como que é tudo aí fora?’. Na minha visão empreendedora, acabei inspirando outros que estão lá ainda ou que acabaram de sair a tentar aplicar o mesmo modelo. Vários amigos me ligam com a mesma vontade e eu faço questão de contar a minha estrada, de compartilhar a minha experiência”, disse ele à coluna.
Otaviano e sua mulher, Flávia Alessandra, acabaram de se tornar sócios da Royal Face, a maior rede de clínicas de harmonização facial do país, e foram apresentados ao mercado na semana passada, em um evento no hotel Rosewood, em São Paulo. Além de apresentador, empresário e empreendedor, ele passou a atuar como uma espécie de coach para outros artistas que, pela primeira vez, deixaram de ter contrato fixo com a maior emissora do país.
“Inspiração talvez seja a melhor palavra. Nem todos têm o mesmo sangue empreendedor, mas o sangue de querer fazer algo por si todos têm, e eu faço questão de chamar lá no estúdio, contar, abrir, mostrar quais são os desafios. Porque é tudo o que me resta fazer de maneira generosa com que os outros também tenham a chance de se transformar”, disse ele.
Otaviano pediu as contas da Globo no primeiro semestre de 2019, logo após o encerramento do Tá Brincando, programa exibido nas tardes de sábado e que teve uma curta temporada. Ele começou a olhar para o mercado e viu que havia diversas possibilidades artísticas e de negócios que poderia explorar, mas que o contrato com sua antiga casa o impedia de viabilizar.
“Minha reflexão bateu muito forte em 2019, quando eu decidi sair, porque eu percebi um movimento muito grande forte de acontecimentos, de multiplataformas, de streamings, e eu me coloquei na reflexão como artista: ‘Será que eu tô explorando tudo o que é possível?’. E entendi naquele momento que era melhor tentar outra coisa. E deu supercerto”, disse ele.
“A Globo, para mim, é uma casa de respeito enorme, um lugar incrível, de onde eu saí de portas abertas. Sei lá se a gente vai trabalhar juntos de novo. O que eu quis eu realizei, que foi criar uma multiplicidade de acontecimentos que me permite estar em todos os lugares. Quando eu saí, estava rolando a campanha de ser Uma Só Globo. E eu queria ser mil Otavianos. E deu certo”, analisou.
Quando deixou a líder de audiência, em 2019, ele e Flávia Alessandra decidiram abrir a agência Family e ambos passaram a gerenciar suas próprias carreiras. E no meio de diversas análises e reflexões, eles chegaram à conclusão de que passaram anos ajudando marcas e empresas a alavancarem seus nomes e produtos com suas imagens.
E por conta disso, decidiram dar um passo além e deixaram de ser apenas os garotos-propagandas para se tornarem donos da maior rede de clínicas de harmonização facial do país, que já possui 191 unidades espalhadas por todo o país. A meta é chegar a 350 lojas até o final deste ano.
“O mercado está mais preparado para esta visão de negócio que a gente começou a acreditar. Cases como o de Anitta e de Gisele Bündchen serviram de inspiração para acreditarmes neste modelo de negócio, que hoje para a gente é irreversível. Vemos nessa prateleira da estética uma parceria que faz todo o sentido. Não é só a ponta da imagem, do marketing, é da inteligência do negócio, é da sociedade, da pulsação do dia a dia dele. E assim como este negócio, nós temos outros que estão com a mesma formatação. E isso é muito provocador e inspirador para a gente”, avaliou.