Nesta segunda-feira (20), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), desejou “sorte” a Gustavo Petro, eleito presidente da Colômbia no domingo (19). O pronunciamento do general antecedeu o do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda não se manifestou oficialmente.
“Sorte ao Gustavo Petro, porque administrar um país na situação que o mundo está enfrentando não é simples. Nós temos interesses comuns com os colombianos, principalmente aí na questão da Amazônia. Estamos dentro da organização do tratado de cooperação amazônica. E a relação é de Estado para Estado, independentemente do governo de turno” , disse o vice-presidente a jornalistas ao chegar em seu gabinete na manhã desta segunda.
Petro tem 62 anos e foi deputado e prefeito da capital do país, Bogotá. Tem um diploma em economia e atualmente ocupa o cargo de senador pelo partido Colombia Humana, do qual é fundador.
Entre as principais propostas do novo presidente eleito, estão: a realização de uma nova reforma agrária, a implementação de fontes de energia renováveis, a promoção de políticas voltadas às minorias sociais, a desobrigação do serviço militar e a reforma tributária.
Ex-ministro da Educação foi preso na quarta-feira (22) e solto por habeas corpus na quinta (23)
A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu nesta terça-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheça como ilícito um áudio no qual o antigo titular do MEC disse atender a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao priorizar prefeituras de amigos de pastores evangélicos na liberação de verbas da pasta.
O pedido foi encaminhado à ministra Cármen Lúcia, relatora do inquérito que tramita no STF contra Ribeiro. Mesmo com o recesso da Corte, a ministra segue despachando em relação aos inquéritos, às ações penais e às petições criminais.
A gravação deu origem à investigação que culminou com a prisão de Ribeiro há duas semanas. Segundo os advogados, o áudio é uma prova ilícita “com propósito de vazamento à mídia”. Por isso, pedem que toda a apuração seja anulada.
O ex-ministro da Educação disse, em uma conversa gravada, que prioriza a liberação de verbas prefeituras cujos pedidos foram negociados por dois pastores, segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo”. No áudio, o ministro afirmou que atendeu a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro. Sem cargos públicos, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura atuam como assessores informais do Ministério da Educação, intermediando reuniões com gestores municipais, conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”.
Foi com base nesses áudios que o procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu pedir ao Supremo a abertura de um inquérito para apurar suspeitas de crimes envolvendo Ribeiro na liberação de verbas para prefeituras indicadas por dois pastores com trânsito no ministério.
Além de Milton Ribeiro, que foi exonerado do MEC em 28 de março, também são alvo do inquérito que tramita no STF os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
No pedido de abertura de inquérito, a PGR apontou que a posição ocupada por Milton Ribeiro naquela época lhe dava a possibilidade de direcionar a alocação de recursos do Fundo de Desenvolvimento Nacional da Educação (FNDE) em determinado município, o que permitiria o favorecimento a aliados.
O pedido de investigação cita “a existência de uma uma potencial contrapartida à prioridade concedida na liberação dessas verbas” em troca da construção de igrejas nos municípios, o que poderia caracterizar os potenciais crimes.